terça-feira, 25 de março de 2014

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TELAS DE NELLY FRADE
RETRATAM UMA OURO PRETO RELIGIOSA



Duas novas telas da artista artista Nelly Frade (1913-1988) passam a fazer parte da coleção Sala Ouro Preto, retratando de modo particular a paisagem barroca ouro-pretana. Com simplicidade, ela mostra a paisagem colonial da cidade envolta em brumas, que desenham a atmosfera barroca e religiosa da cidade setecentista.

Numa paisagem, que intitulou "Ouro Preto", ela evidencia o relevo íngreme que levou os primeiros habitantes a erguerem seus templos, de forma aleatória, nos topos dos morros. A composição é pontuada por torres e fachadas de igrejas que despontam numa atmosfera densa mas, ao mesmo tempo, etérea, desmanchada pelo recurso enevoado da pintura. Na outra tela, a imagem de uma santa coroada e de mãos postas domina a cena. Pura e celestial, ela se mostra numa outra dimensão – leve e sublime, a pairar sobre a cidade – que se diferencia da concretude da paisagem barroca. Não apenas simbólica, mas pictoricamente, a artista expressa de maneira comovente a oposição entre o divino e o terreno, o espiritual e o material.

Mineira de Belo Horizonte, Nelly fez parte da primeira turma de alunos de Alberto da Veiga Guignard, na escola que ele fundou a convite do então prefeito Juscelino Kubistchek, nos anos 1940, em Belo Horizonte, ao lado e artistas como Mary Vieira e Mário Silésio. Ao longo da carreira, la teve vários trabalhos premiados nos salões de arte moderna, nos quais ingressou desde a primeira edição, em 1952. Além de exposições individuais, participou de mostras coletivas de artistas mineiros em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.


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